Acostumei-me
É comum ouvirmos que o caminho da vida pode ser difícil, cheio de repetição e sofrimento. Não duvido de que possa ser. Mas a inteligência, a razão e a experiência nos mostram que a vida tem seu ciclo: tudo o que nasce, padece e um dia acaba.
Muitos falam sobre a importância de buscar uma vida de valor, mas poucos realmente se dedicam a isso com determinação.
Mesmo sabendo que o tempo é limitado, a maioria das pessoas se distrai e age como se houvesse todo o tempo do mundo. (Lembremo-nos: tudo que nasceu, padece e um dia acaba)
A felicidade de uma vida autêntica e a busca pela verdade são notáveis pelas virtudes, mas poucos realmente se esforçam para cruzar a porta da Sabedoria.
Instruções claras sobre como viver bem existem, mas poucas pessoas as praticam de forma consistente, apenas buscam placebos para mudar o curso de emoções que julgam ruins.
Se eu quero que minha vida valha a pena, escolho seguir o caminho da experiência e da razão. Portanto, acostumo-me à Sabedoria.
Desde que me dediquei a buscar a clareza do que é possível através da razão e da observação, minha mente não mais se perdeu em bobagens ou distrações sem sentido.
Com o tempo, acostumei-me a refletir profundamente sobre a compaixão e a empatia. Eu entendi que não há diferença real entre meus sofrimentos e os das outras pessoas
Com o tempo, acostumei-me a enxergar a razão e a lógica como minha maior guia. Isso me fez esquecer a importância da rudeza, do poder ou da posição social
.
Com o tempo, acostumei-me a enxergar as leis da natureza como meu terno refúgio. Isso me fez esquecer a preocupação excessiva com a aparência ou a forma física.
Com o tempo, acostumei-me a valorizar a verdade que é experimentada e sussurrada pela natureza. Isso me fez esquecer superstições, ilusões e o que é apenas lido ou impresso em livros antigos.
Com o tempo, acostumei-me a ser um observador e aprendiz da natureza e buscar entender o Universo através da ciência e da razão. Isso me fez me afastar gradativamente das três coisas que mais enganam as pessoas : a profecia, o milagre e o mistério.
Com o tempo, acostumei-me a ver a vida presente e o futuro como uma só experiência. Isso me fez esquecer o medo do que é incerto ou inevitável, como o fim da vida.
Acostumei-me a aplicar cada nova lição e experiência ao meu próprio crescimento, usando a razão como filtro. Por isso, esqueci a necessidade de seguir cegamente todos os dogmas e tradições.
Acostumei-me a refletir sobre o que é eterno, imutável e fundamental – as leis do Criador. Não em livros Sagrados, mas no Livro da Criação. Por isso, esqueci as discussões vazias sobre objetivos e definições superficiais.
Acostumei-me a perceber a totalidade do Universo (a Criação) como uma manifestação da Inteligência Suprema. Por isso, esqueci as meditações que são apenas frutos da imaginação e da emoção.
Acostumei-me a manter minha mente em um estado de liberdade e racionalidade. Por isso, esqueci os costumes artificiais e as convenções sociais que não fazem sentido.
Acostumei-me à humildade da mente e do corpo. Por isso, esqueci a arrogância e a soberba das pessoas que se acham poderosas.
Acostumei-me a ver meu próprio corpo e minha mente como meu laboratório e meu lugar de estudo. A Psicanalise está sendo crucial para isso. Por isso, esqueci a busca por retiros espirituais que induzem pelo poder da sugestão das massas, pura hipinose.
Acostumei-me a buscar conhecer o verdadeiro sentido das coisas pela experiência. Por isso, esqueci a necessidade de ficar preso às regras gramaticais e à origem das palavras, em vez de focar no que elas realmente significam. Quando você experimenta o sentido de algo, você entende sua essência. Ficar preso à gramática e à origem das palavras é menos importante do que focar no significado profundo e na utilidade do conhecimento na vida.
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