O leme é a minha mente


Há momentos em que eu me pego pensando em como seria bom viver com a alma tranquila, sem ficar tão abalado pelas coisas ruins que acontecem. Sabe quando tudo parece dar errado e a gente sente que está no meio de uma tempestade? já estive em um barco quando surpreendido por uma mudança de clima e vento repentina. O mar ficou revolto num instante e as ondas eram tão altas que cobriam a nossa visão do horizonte. Foi assustador, mas quem pilotava o barco sabia o que fazer. A atitude do piloto me fez entender o que o filósofo Sêneca quis dizer quando falou sobre seguir um rumo firme, sem se deixar levar por euforia ou tristeza demais.

Mas aí eu percebo: como saber se o rumo é firme se não houver ventos fortes, ondas altas ou correntes contrárias? É justamente nos momentos difíceis que descobrimos se estamos realmente no controle. É como se a vida fosse um mar, e eu fosse o capitão de um barco. O leme — que é a parte que guia o barco — representa minha mente. Se ela estiver fraca, sem direção, qualquer vento me joga pra longe. Mas se estiver firme, guiada pelas virtudes como coragem, paciência e sabedoria, eu consigo manter o curso, mesmo com tempestades.

Não dá pra evitar todos os problemas. Eles fazem parte da jornada. Mas dá pra aprender a enfrentá-los com mais equilíbrio. Quando eu fico muito triste ou muito animado, acabo perdendo o foco. A tranquilidade que Sêneca fala não é ser frio ou desligado, mas sim ter um coração em paz, que não se desespera nem se ilude.

Eu quero ser alguém que, mesmo diante das dificuldades, consegue manter a calma e seguir em frente. Quero que minha alma seja como um bom leme: forte, firme e guiada por valores que realmente importam. Porque no fim das contas, não é o mar calmo que mostra a habilidade do capitão, mas sim como ele navega na tempestade.

E é isso que eu busco: uma mente que não se abala com os problemas da vida, mas que aprende a enxergá-los como sinais que revelam como devo levar a minha jornada adiante.

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