Sobre suportar com paciência


Às vezes, coisas ruins acontecem. A gente perde alguém que ama, enfrenta dificuldades, sente dor. Mas lendo Sêneca, comecei a entender que o mal, para os estoicos, não é exatamente o que acontece fora de nós — é como reagimos a isso. O mal é uma ideia, uma forma de ver o mundo. Se eu encaro uma tragédia com desespero, raiva ou revolta, ela se torna um peso enorme. Mas se eu a encaro com paciência, coragem e sabedoria, ela pode até me fortalecer.

Por exemplo, quando perdi alguém muito querido, senti que o mundo tinha desabado. Mas depois percebi que parte da minha dor vinha do meu desejo egoísta de continuar tendo essa pessoa por perto, mesmo que ela estivesse sofrendo. Quando entendi que sua morte foi, na verdade, uma libertação de um mundo de dor e angústia, comecei a ver a situação com mais serenidade. Não quer dizer que não dói — claro que dói — mas a dor não precisa me destruir.

Sêneca diz que os homens bons se tornam mais firmes ao viverem em meio às calamidades. Eles aprendem a suportar com paciência aquilo que só parece ruim para quem não sabe lidar. Isso me inspira. Quero ser alguém que enfrenta a vida com coragem, que não se deixa abalar por tudo, que entende que nem tudo que parece ruim é realmente um mal. Às vezes, é só uma parte do caminho, uma chance de crescer, de aprender, de se tornar mais forte.

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