Quero entender, refletir e decidir o que faz sentido pra mim
Neste texto serão feitas comparações que talvez sejam desagradáveis para um teísta. Minha intenção não é ofender, mas apenas expor ideias distintas sobre o que se afirma sobre a pessoa de Jesus. Portanto, tenha a liberdade de querer continuar ou não. Minha intenção não é ofender a fé de ninguém, mas apresentar perspectivas distintas do que tradicionalmente se pensa sobre Jesus.
Desde pequeno, sempre ouvi histórias sobre Jesus, Maria e José. Fui educado por uma família evangélica bastante devota e todas as experiências eram interpretadas partir das crenças religiosas. Desde pequeno fui imerso em uma cultura religiosa e tudo parecia muito sagrado e absoluto. Mas, com o tempo, comecei a me perguntar: será que tudo isso é do jeito que é? Ou será que algumas das crenças e das histórias que aprendi foram criadas para me ensinar valores e formatar o meu comportamento?
Lendo sobre mitologia e religião, percebi que muitas crenças antigas tinham deuses para tudo: amor, guerra, colheita, cura. E, curiosamente, o cristianismo também tem santos para cada coisa. Isso me fez pensar que talvez a Igreja tenha adaptado ideias antigas para criar algo novo, mais organizado, mas com a mesma função: dar respostas para o que não entendemos.
Não estou dizendo que acreditar é errado. Esse tipo de fé pode ser algo bonito, pode dar força e esperança. Mas particularmente prefiro e acho importante questionar. Se a estátua de Maria parece com a deusa Diana, será que isso foi coincidência ou estratégia? Se a história de Jesus tem semelhanças com mitos antigos, será que foi inspirada neles?
Por exemplo, Hórus, Deus egípcio, nasceu de uma virgem, Ísis. Teve um Pai divino, Osíris, e foi considerado salvador do povo Egípcio. Sua morte foi seguida de sua ressurreição. Inclusive, a ponta do cetro de Hórus é idêntica à cruz ansata (Ankh), que foi usada pelos cristãos coptas no Egito a partir do século IV. Os cristãos coptas a adotaram, adaptando seu significado para a teologia cristã. Mitra é a ainda mais semelhante. Deus romano, nascido em 25 de Dezembro, de uma virgem. Teve 12 seguidores e era realizor milagres. Após a sua morte, ele ascendeu aos céus. Muito semelhante né? O culto a Mitra era popular no Império Romano antes do cristianismo se consolidar. Outro na lista: Prometeu, Deus grego, trouxe o fogo (conhecimento) à humanidade, desafiando os deuses. Semelhante a Jesus que veio batizar não com água mas com fogo, segundo João Batista. Foi punido com sofrimento eterno, como um sacrifício pelos humanos. Comparado ao papel de Jesus como aquele que traz luz e é sacrificado pelos humanos. E Krishna, no hinduísmo, nasceu de uma virgem, Devaki. Realizou milagres desde criança Morreu e foi elevado ao céu, sendo considerado uma encarnação divina.
Acredito que usar a razão, estudar mitologia e filosofia ajuda a gente a pensar por conta própria. Não quero viver acreditando em tudo só porque me disseram. Quero entender, refletir e decidir o que faz sentido pra mim.
Respeito quem tem fé, mas também quero que respeitem quem prefere buscar respostas na razão. No fim das contas, o importante é viver com respeito, curiosidade e coragem pra pensar diferente. Respeitando quem pensa diferente, lógico.
Comentários
Postar um comentário