Sobre o caráter de Jesus e sua história
Ilustração de Jesus ajudando um idoso a carregar lenha. (Imagem)
Quando li a Terceira Seção do Livro A Era da Razão – Sobre o caráter de Jesus e sua história, escrita por Thomas Paine, fiquei impressionado com a forma direta e corajosa com que ele fala sobre religião. Paine não está tentando ofender ninguém, mas sim fazer a gente pensar com mais lógica e menos medo. Ele começa dizendo que Jesus foi uma pessoa boa, generosa e justa, e que isso ninguém pode negar. Mas o que ele questiona é a forma como a história de Jesus foi contada, especialmente os milagres e a ressurreição.
Paine diz que os escritores da Bíblia tinham vantagem porque escreveram sobre coisas que não podiam ser provadas. Por exemplo, a ressurreição de Jesus: ninguém viu com seus próprios olhos, e quem escreveu sobre isso já acreditava no que estava contando. Ele fala que até o apóstolo Tomé só acreditou depois de tocar nas feridas de Jesus, mostrando que até os discípulos tinham dúvidas.
O autor também critica a ideia de dividir a vida de Jesus em duas partes: uma milagrosa e outra mais humana. Ele acha que essa divisão é uma forma de esconder a verdade e fazer as pessoas acreditarem sem questionar. Paine acredita que muitos dos textos religiosos foram escritos com intenções de controle, e que há sinais de fraude e imposição nesses relatos.
Mesmo assim, ele reconhece que Jesus foi uma figura revolucionária, que desafiou o sistema religioso da época e trouxe ideias novas e poderosas. Para Paine, o verdadeiro valor de Jesus está em suas ações e ensinamentos, não nos milagres que contaram depois.
Essa leitura me fez pensar sobre como é importante questionar o que ouvimos, mesmo quando vem de fontes antigas ou sagradas. Paine não está dizendo que devemos deixar de acreditar, mas que devemos buscar entender com a razão e não apenas com a fé.
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