Um convite a pensar de um jeito diferente
Ler a Era da Razão é um convite a começar a pensar de um jeito diferente sobre religião e fé. Thomas Paine não está tentando dizer que acreditar em Deus é errado, mas que a gente precisa usar a razão — ou seja, pensar com lógica — para entender melhor o que faz sentido e o que não faz.
Uma coisa que me chamou atenção foi quando Paine fala sobre a ideia de que Deus precisaria sofrer e se sacrificar para provar que ama a humanidade. Ele questiona isso. Será que um ser todo-poderoso precisa passar por dor para mostrar amor? Para ele, isso não faz sentido. Paine acredita que o próprio universo já é uma prova do amor e da inteligência de Deus. Quando a gente olha para o céu, para os animais, para os sentimentos humanos, tudo parece tão bem feito que já seria suficiente para acreditar que existe algo maior por trás de tudo isso.
Mas, segundo Paine, muitas pessoas foram ensinadas desde pequenas a acreditar em histórias que envolvem sofrimento e sacrifício, como se isso fosse a única forma de ter fé. Ele diz que essas histórias acabam impedindo as pessoas de pensar com calma, porque elas se emocionam tanto que não conseguem mais analisar se aquilo realmente faz sentido. E ele não culpa essas pessoas — ele entende que elas foram educadas assim. Só que ele acredita que é possível ter fé de um jeito mais livre, mais consciente.
No fim das contas, o que aprendi com Paine é que a fé não precisa ser cega. A gente pode acreditar em Deus observando a beleza da criação, sentindo gratidão, admirando o mundo — sem precisar aceitar tudo sem pensar. Questionar não é falta de respeito. É querer entender melhor.
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