Uma Experiência de diálogo como Teístas
Eu sou uma pessoa que não costumo dialogar com pessoas teístas. Mas resolvi entrar em uma conversar que já estava se desenrolando — péssima ideia — nesta tentativa de conversar com pessoas religiosas sobre fé, Deus e espiritualidade, não foi proveitoso. Como sou deísta, minha fé não está baseada nos dogmas da religião da religião tradicional, muito menos em superstições, acredito no Criador, mas não sigo nenhuma religião específica nem acredito que Deus interfira pessoalmente na vida de ninguém. PARA MIM, a razão, a natureza e a liberdade de pensar são os caminhos mais honestos para entender o universo. Na experiência que vivi hoje me fez refletir sobre os limites do diálogo entre quem pensa como eu e quem segue uma religião.
Conversei com teístas — que acreditam num Deus ativo, que se revela por meio de religiões, escrituras e igrejas. No começo, achei que seria uma troca interessante. Mas logo percebi que estávamos em mundos diferentes. Quando ouvir o religioso afirmar que quem sai da casa de Deus é infestado de demônios, deixei o questionamento sobre a infestação de demônios para depois; primeiro questionei, por que a Igreja é considerada a “casa de Deus”, a resposta que ou vi foi apenas de duas palavras: "porque sim", e depois de ouvir que sair da Igreja é como abrir a porta para os demônios entrarem na sua vida. Perguntei de onde você tirou isso? A resposta foi reafirmar o que antes ele havia dito, mas desta vez com voz de autoridade, como se estivesse lidando com alguém endemoniado segundo seus constumes: "É isso mesmo quem se afasta da Igreja fica cheio de demônios”. Aquilo me chocou.
Não porque eu tenha medo de demônios — não acredito neles — mas porque percebi como o medo é usado para manter as pessoas presas a certas ideias. É como se a religião dissesse: “Se você sair daqui, algo ruim vai acontecer com você.” Isso não é liberdade. É superstição e controle. E, para mim, o Eterno está longe de precisa disso. Aliás, ele não não tem nenhuma relação com isso. Um Criador sábio e justo não precisa ameaçar ninguém para ser respeitado.
A conversa continuou, mas virou um grande muro. Tudo o que eu dizia era visto como erro, pecado ou ignorância. Não havia espaço para dúvidas, nem para pensar diferente. Era como se as outras pessoas tivessem medo de escutar algo que pudesse abalar sua fé. E eu entendo — mudar de ideia pode ser assustador. Mas também pode ser libertador.
No fim, percebi que aquele diálogo não trouxe crescimento para nenhum dos dois lados. Só frustração. Eu queria trocar ideias, mas eles queriam me convencer. Eu buscava compreensão, eles ofereciam julgamentos. E isso me fez pensar: será que vale a pena discutir com pessoas wue não estão dispostas a escutar?
Hoje, vejo que nem todo debate é útil. Às vezes, é melhor guardar a energia para conversas com quem está aberto ao diálogo, (difícil encontrar) mesmo que pense diferente. Respeito quem tem fé, mas não aceito que usem o medo como ferramenta. A espiritualidade, para mim, deve ser algo que liberta, não que aprisiona.
Ser deísta é caminhar com perguntas, não com respostas prontas. É solitário, mas é confiar que a razão e a consciência são dádivas do próprio Criador. E se o Eterno nos deu a capacidade de pensar, é porque Ele quer que a gente use.
Comentários
Postar um comentário