UMA REFLEXÃO SOBRE LUCAS 6.43-45
“Nenhuma árvore boa dá fruto ruim, tampouco uma árvore ruim dá fruto bom. Toda árvore é reconhecida pelo fruto que dá. Ninguém colhe figos de espinheiros nem uvas de ervas daninhas. O homem bom tira boas coisas da bondade que entesoura no coração, mas o homem mau da sua maldade tira coisas más, pois a boca fala do que está cheio o coração."
Para mim, essa passagem de Lucas 6.43-45 fala menos sobre religião e mais sobre responsabilidade pessoal e caráter.
Quando Jesus diz que uma árvore boa não dá fruto ruim, eu entendo isso como uma metáfora para as pessoas: nossas ações mostram quem realmente somos por dentro. Se alguém vive com bondade, respeito e honestidade, isso vai aparecer nas atitudes, nas palavras e nas escolhas que essa pessoa faz. Por outro lado, se alguém guarda rancor, egoísmo ou maldade no coração, isso também vai se refletir no que ela diz e faz.
Como deísta, não acredito que Deus esteja controlando cada passo nosso ou punindo quem age mal. Mas acredito que Ele nos deu razão, consciência e liberdade para escolher entre o bem e o mal. Essa passagem me lembra que somos responsáveis por cultivar o que há de bom dentro de nós — como se fosse cuidar de um jardim. Se eu planto respeito, empatia e verdade, vou colher relações saudáveis e uma vida mais justa. Se eu deixo crescer o egoísmo ou a raiva, os frutos serão amargos.
A parte final — “a boca fala do que está cheio o coração” — é poderosa. Ela me faz pensar que não adianta fingir ser bom se por dentro estamos cheios de sentimentos ruins. Mais cedo ou mais tarde, isso aparece. Então, como deísta, vejo essa passagem como um convite à reflexão: que tipo de “árvore” eu sou? Que tipo de “fruto” estou oferecendo ao mundo?
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